Com uma proposta considerada inovadora para conciliar sustentabilidade e desenvolvimento da Amazônia, o projeto da Zona de Desenvolvimento Sustentável (ZDS) Abunã-Madeira terá seu lançamento oficial na terça-feira (14), no Teatro Guaporé, em Porto Velho. O evento contará com a presença do vice-presidente da República e presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL), Hamilton Mourão.
Haverá a participação ainda do titular da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Algacir Polsin, e da gestora da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), Louise Caroline Low, entre outras autoridades convidadas.
A ZDS Abunã-Madeira engloba 32 municípios, localizados no Sul do Amazonas, Leste do Acre e Noroeste de Rondônia, com a área total de 454.220 km² e com população estimada em aproximadamente 1,7 milhão de habitantes. Trata-se de uma região emblemática, tanto em relação aos desafios ambientais, quanto à necessidade de desenvolvimento socioeconômico.
A proposta do projeto é estabelecer um cinturão de proteção da floresta, oferecendo alternativas para os desafios socioeconômicos da população. A ideia é potencializar as vocações produtivas e econômicas locais, bem como os recursos humanos.
Ao criar esta alternativa, espera-se que a Zona de Desenvolvimento Sustentável Abunã-Madeira se transforme em projeto-piloto a ser adaptado para outras regiões da Amazônia, tais como o Alto Solimões, Marajó e Transamazônica, entre outros.
HISTÓRICO
Originalmente, os primeiros idealizadores do projeto da ZDS Abunã-Madeira chamavam o projeto de “Amacro”. O esforço inicial levou à cooperação técnica entre a Sudam, com o apoio de outras instituições, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Secretarias dos três estados envolvidos.
Ao ser repensado tecnicamente para atender aos critérios do desenvolvimento sustentável, e uma vez que a designação “Amacro” já não atendia mais ao escopo do projeto técnico, surgiu a Zona de Desenvolvimento Sustentável Abunã-Madeira.
EIXOS DE ATUAÇÃO
A sustentabilidade ambiental é o “guarda-chuva” de todas as ações na ZDS, sob o qual estarão dois eixos fundamentais estratégicos de atuação: Desenvolvimento Produtivo (bioeconomia, turismo, agronegócio, indústria) e Infraestrutura Econômica e Urbana (logística, transporte, energia, telecomunicações).
Além disso, a Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), a Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e ações de capacitação serão ferramentas que perpassam todas as ações, servindo de base para os dois eixos de atuação.
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