O sistema prisional do estado de Rondônia passa atualmente por um impulsionamento nas atividades voltadas para a ressocialização social. A Secretaria de Estado da Justiça aposta em atividades laborais para a diminuição da ociosidade dentro das unidades e incentivo a atuação em diversas áreas, como mecânica, agricultura, artesanatos, serralheria, dentre outras. Os reeducandos ainda são beneficiados com a remição de pena, prevista na Lei n. 7.210/84 de Execução Penal (LEP), que concede 1 dia de remição a cada 3 trabalhados.
No Centro de Ressocialização Jonas Ferreti, em Buritis, atualmente 37 reeducandos estão inseridos em atividades laborais, atuando em três frentes de trabalho que possuem instalações dentro da própria unidade.
Em uma parceria entre Sejus, Prefeitura Municipal de Buritis e Conselho da Comunidade, foram construídas uma fábrica de artefatos de concreto, marcenaria e serralheria. A serralheria encontra-se em fase inicial. Já na marcenaria os reeducandos fabricam diversos móveis de madeira e objetos de decoração. Toda produção é revendida e a administração da verba fica por conta do Conselho da Comunidade que investe em mais insumos para dar continuidade ao projeto, garante um repasse ao reeducando e realiza reparos na unidade, utilizando sempre a mão de obra reeducanda.
A fábrica de artefatos de concreto instalada na unidade, segundo a prefeitura municipal de Buritis chega a gerar uma economia de R$ 630.000,00 (seiscentos e trinta mil reais) por quilômetro. São produzidos pelos internos uma média diária de 2.600 bloquetes, juntamente com manilhas e meios-fios. A prefeitura entra com os insumos para a produção e a Sejus fornece a mão de obra reeducanda tanto a para produção quanto instalação nas ruas do município. Todos recebem o benefício da remição de pena e 21 recebem remuneração paga pela prefeitura.
Além dos benefícios previstos em Lei, o trabalho ofertado dentro do sistema prisional diminui a ociosidade na unidade, reestabelece valores por meio da disciplina e comprometimento com a função confiada e incentiva os demais internos que ainda não foram inclusos no projeto a terem um bom comportamento, para assim serem classificados e direcionados ao trabalho durante o cumprimento da pena.
Servidores da unidade relatam que o comportamento dos reeducandos se transformou positivamente após a implantação dos projetos de ressocialização. “A mudança foi perceptível, graças ao trabalho ofertado a eles. Nós servidores, vimos a diferença no comportamento durante nossa rotina laboral”, ressaltou Elias da Silva, policial penal.
Diante dos resultados positivos apresentados pela unidade, o diretor geral da policial penal, Célio Luiz de Lima, esteve presente na última sexta-feira, 28, para avaliar juntamente com o diretor da unidade, Gilmar Silva, a possibilidade de ampliação dos projetos já existentes. Na oportunidade o diretor parabenizou toda equipe de servidores pelo excelente trabalho de ressocialização realizado na unidade.
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