Na volta aos palcos com a peça “Procuro o homem da minha vida, marido já tiive”, que ,acaba de estrear no teatro J.Safra, em São Paulo, Totia Meireles diz ter sentido uma emoção indescritível: “Já tinha ficado um tempo sem fazer teatro, mas não por não poder. A impossibilidade foi me dando uma agonia, muita aflição. Foi a melhor coisa que fiz voltar aos palcos, parece que a vida está voltando ao normal. Em abril, estreamos no Rio”, conta a atriz.
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Durante os quase dois anos de pandemia, Totia, de 63 anos, ficou no sítio no interior do Rio, isolada. Nesse período, viveu uma mudança de hábito na relação com o marido, o médico Jaime Rabacov. “Fizemos bodas de papel no ano passado e só viemos a morar juntos agora, durante a pandemia. Comemoramos com uma pequena festa. Antes, vivíamos em cidades separadas. É muito bom casar depois de 30 anos juntos”, conta.
A atriz conta que a comédia é uma adaptação de Claudia Valli para o livro homônimo da argentina Daniela Di Segni. “O texto foi atualizado para refletir as mudanças femininas. Os questionamentos da mulher madura hoje são outros”.
Para Totia, o fundamental para estar bem é aceitar a idade, coisa que ela faz muito bem. “O meu tempo é hoje, a maturidade traz segurança”, diz a atriz, que considera importantíssimo falar sobre temas que antes eram pouco abordados. “Antigamente, não se falava sobre menopausa, por exemplo, que hoje é assunto na novela das nove. A mulher depois dos 50 não tinha mais ‘validade’. Agora, com mais de 60, as mulheres estão superativas, começando projetos. Só fica velha quem quer”.
O preconceito, porém, ela diz, continua. “O homem grisalho é charmoso, a mulher, bruxa. O homem com rugas é lindo, já a mulher enrugada é relaxada”, compara. “Não sei quando isso vai mudar, mas está nas nossas mãos. As gerações vão sendo educadas”, finaliza.
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