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“Eu tenho muita disposição para ser feliz”, atesta Mateus Solano sobre o seu costumeiro bom humor. Mesmo interpretando o mais sisudo dos quatro protagonistas de “Quanto mais vida, melhor”, o ator fez com que o cirurgião cardíaco Guilherme caísse nas graças do público, colorindo o texto de Mauro Wilson com seu carisma. E a afeição se acentua nesta nova fase da novela das sete, em que o Doutor das Galáxias e a descolada dançarina Flávia (Valentina Herszage) trocaram de corpos. Da fusão, surgiu um novo personagem, louro, leve e solto.
No Twitter, rede social que ele ativou para acompanhar os comentários sobre a trama, a comunidade “Flagui” anda em polvorosa. E o elenco celebra ter atingido sua primeira meta: entregar um produto divertido em tempos difíceis.
Solano já havia demonstrado ter talento para subverter uma possível antipatia inicial dos telespectadores ao emprestar sua pele ao ácido Félix, de “Amor à vida” (2013). De vilão frio e ambicioso, o personagem que “escondia” a sua sexualidade, apesar dos trejeitos acentuados, apaixonou quem assistia à obra de Walcyr Carrasco e ganhou torcida até dos mais conservadores. “Os homofóbicos olhavam pra mim, davam uma risada e diziam: ‘Pô, você tem que dar um beijo naquele cara!’. Foi muito especial essa unanimidade.
Com Félix, eu consegui cumprir um dos objetivos do artista: fazer com que o público reveja seus preconceitos”, afirma ele, que escreveu sua história na teledramaturgia brasileira ao encenar com Thiago Fragoso o primeiro beijo entre homens numa novela. E no horário nobre! Homem cisgênero, heterossexual e simpatizante da bandeira arco-íris, Solano defende mais espaço na televisão para atores LGBTQIAP+.
Nesta entrevista, além de rever momentos marcantes de suas duas décadas e meia de carreira, o ator reflete sobre a chegada aos 40 anos (1/3 da vida, na concepção da comunidade judaica, à qual pertence) e a não preocupação com a vaidade (“Estou careca, e adoraria poder aparecer assim em cena, na TV”, entrega). Também compartilha o que pensa sobre a morte, tema central da novela das sete; conta particularidades da vida em família, como filho do diplomata João e da psicóloga Miriam, marido da atriz Paula Braun e pai de Flora, de 11 anos, e Benjamin, de 6; entrega outras habilidades artísticas, como o piano e a tapeçaria; e ensina sobre sustentabilidade. Confira os melhores trechos do papo:
Papéis marcantes
“O público gostou muito quando fiz Ronaldo Bôscoli, em ‘Maysa’, e os gêmeos Miguel e Jorge, em ‘Viver a vida’ (ambas em 2009). Mas, sem dúvida, o Félix de ‘Amor à vida’ é imbatível em popularidade. Foi um caso de amor, bateu a química entre o personagem e os telespectadores. Ele foi acontecendo ao longo da história e mudou os paradigmas. Porque o dito ‘primeiro beijo gay em novelas’ aconteceu a partir da popularidade do Félix, que depois abraçou o casal com Niko (Thiago Fragoso). A Globo resistiu, não queria esse beijo. E os mais conservadores, mais homofóbicos, olhavam pra mim, davam uma risada e diziam: ‘Pô, você tem que dar um beijo naquele cara!’. Foi muito especial essa unanimidade. Com Félix, eu consegui cumprir um dos objetivos do artista: fazer com que o público reveja seus preconceitos. Mas todos os meus personagens me orgulham de formas diferentes. Zé Bonitinho, da ‘Escolinha’ (no ar na Globo nas tardes de sábado), foi uma delícia de fazer. Rubião, de ‘Liberdade, liberdade’ (2016), embora áspero, fez o público se emocionar. Há personagens que fiz no teatro sem os quais não teria escrito a minha história. Todos fizeram parte de uma caminhada, nenhum degrau anula o outro”.
Cota para artistas LGBTQIAP+ na TV
“Eu apoio. Da última vez em que conversei com Thiago (Fragoso) falei sobre a questão da representatividade de Félix e Niko. São personagens homossexuais que carregam estereótipos muito fortes. Por mais que Félix fosse profundo, trouxesse uma mágoa, um drama que tocou as pessoas, ele era muito afetado. Mais afetado do que poderia ser um diretor de hospital. Isso fazia parte da aceitação dele, brincava com o preconceito que as pessoas têm. Hoje, já não seria bem visto. Fico me perguntando se não é por isso que a novela nunca foi reprisada. Agora, se eu fosse convidado para interpretar uma travesti, eu não me sentiria confortável. E perguntaria ao máximo de travestis possíveis a opinião delas antes de cogitar aceitar o papel. Esse é um trabalho para quem é. Em ‘Quanto mais vida, melhor’, temos A Maia (que interpreta a Morte) e Carol Marra (a Alice da história) fazendo papéis de mulheres (além de Nany People, que faz Lourdes, a recepcionista do motel Arriba Caracas), e não de homens que transformaram seus corpos para o feminino. Não se fala nisso. É preciso pensar até que ponto o ator ou a atriz, neste caso, é quem escolhe fazer um papel estigmatizado ou se só lhe é oferecido esse tipo de papel”.
Novela, obra fechada?
“Eu não considero o que a gente fez uma novela, que precisa de um diálogo com o público. Foram 178 capítulos pré-gravados, em meio a uma pandemia com protocolos. Terminamos quando a obra estava há apenas uma semana no ar. Está longe de ser o ideal, porque um bom ator está sempre se estudando. Pra mim, é fundamental me ver em cena, acertar detalhes. Hoje, assistindo aos capítulos, meu olhar é supercrítico, mas também generoso. Sei do máximo que consegui ir, dentro das condições de trabalho. Não posso ser cruel comigo mesmo. Mas, se ainda pudesse, apertaria alguns parafusos. Por exemplo: tentaria uma interpretação menos vitimizada para Guilherme, que já é infantil. Agora, qualquer elogio do público é lucro, porque não dá pra mudar nada. Mas tudo foi feito com muito amor, e tenho ficado feliz com a boa repercussão”.
Relação com a morte
“Estou com 40 anos, quase 41 (em 20 de março). Com 30 e poucos, veio o alerta, uma taquicardia ao pensar no momento derradeiro. Eu sempre fui criado como parte da natureza, e não como dono dela. A crença de que a nossa alma segue algum caminho depois da morte do corpo é uma visão um tanto egocêntrica do ser humano. Típica de uma espécie que já se desligou tanto da natureza que não consegue enxergar a dádiva, o milagre que é se misturar com a terra. Tem coisa mais incrível do que virar comida de minhoca e depois virar uma outra coisa? Somos muito mais que só esta vida. Somos parte de um todo. Esse desprendimento da individualidade, ser parte e não o bastante, é o caminho que eu trilho. É absurdo o ser humano, em pleno 2022, ter tanto medo da única certeza que a gente tem. É inútil tentar adiar a morte com plásticas e outras intervenções, deixando de valorizar cada segundo atual e correndo atrás do que já passou”.
A arte imita a vida, em parte
“Minhas semelhanças com Guilherme param por aí: também ter uma mãe psicóloga (risos). Uma das coisas que eu procurei saber no início da novela foi como Celina (Ana Lúcia Torre), com um psicológico tão ruim, poderia ter essa profissão. Ao que alguns psicólogos me responderam: tem gente que cursa Psicologia para fugir de si próprio e começar a apontar o dedo para os outros. Minha mãe sempre teve a sua analista. Eu achava isso muito curioso na infância, perguntei, e ela me disse: ‘Eu também preciso, sou um ser humano como outro qualquer’. Dona Miriam, por mais ciumenta que possa se mostrar em algum momento, é uma mulher que se reinventa, muito juvenil. Ela tem 71 anos, mas não cristaliza ações e pensamentos, se permite mudar. Uma das maiores lições que minha mãe me dá é essa eterna curiosidade sobre si mesma, nunca achar que está certa e pronta. E a relação dela com minha mulher é ótima (ao contrário de Celina e Rose, interpretada por Bárbara Colen). É sogrete pra cá, norete pra lá… Outro dia, fiquei sabendo que as duas ficaram horas falando sobre mim. Minha orelha até coçou. ‘Espero que tenham falado bem’, eu disse. E elas: ‘É, de tudo um pouco…’”.
Terapia
“Dos meus 15 aos 38 anos, fiz terapia. Se não fosse ela, eu não seria metade da metade do que sou hoje. No momento, não estou fazendo, mas posso voltar a qualquer hora. A terapia me trouxe muita paz e crescimento. Boa parte dos males do corpo são resultantes de coisas mal resolvidas dentro da cabeça. Parei por um tempo por não conseguir conciliar com o trabalho”.
Influência paterna
“Eu nasci em Brasília, morei dois anos nos Estados Unidos e um em Portugal. Quando eu tinha 4 anos, meus pais se separaram, e minha mãe veio para o Rio de Janeiro comigo e com meu irmão. Ela cuidou da gente sozinha, apenas com a ajuda financeira do meu pai. Mas muito do meu amor pela arte vem de uma influência dele, que sempre nos levou a concertos, peças e exposições. Ele me formou uma pessoa muito curiosa, e a curiosidade é um dos principais combustíveis para o artista. Quando eu era criança, engatinhava em volta do piano enquanto ele tocava. Mas foi só de três anos pra cá que eu chamei um professor particular para me ensinar a tocar, tinha um piano parado em casa”.
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Outros talentos
“Tenho estudado música e etimologia do Português. Durante a novela ‘Pega pega’ (2017), fiz metade de um tapete de esmirna, enquanto aguardava para gravar. Ainda quero estudar música indiana. Estou sempre em busca de alguma novidade. Na minha adolescência, comecei a tentar pintar como Miró (artista plástico espanhol). Lembro que consegui atingir um traço meio parecido com o dele e, nas aulas de Artes, me colocaram para pintar camisas. Eu gosto de brincar de misturar artes”.
De todas as cores
“Uma coisa que me impacta, no mundo atual, são os níveis que o ser humano inventou para se separar. De gênero, de raça, de crença, de posição social… Uma série de fronteiras para ficar se comparando, competindo, em vez de cooperar, se unir numa coisa só. Com esse ensaio de fotos (que acompanha esta matéria), quero chamar atenção para o fato de que somos todos coloridos. A gente é muito mais do que uma opinião, do que um presidente”.
Bom humor
“Faço questão de estar bem-humorado o máximo de tempo possível. Mas também aprendi a não me desrespeitar. Quando não estou bem, não forço a barra. Tenho muita alegria, bem-aventurança, gratidão por ser reconhecido no que mais amo fazer. Eu tenho muita disposição para ser feliz, esta é uma boa frase sobre mim. Não acordo sorrindo, absolutamente. Levanto cedo da cama querendo voltar a dormir. Sou elegante na forma de falar, no jeito de me portar, educadinho. Mas escreveu, não leu, a gente sai da linha (risos)”.
Transformações pela profissão
“O louro da fase atual do Guilherme é peruca. Não valia a pena pintar o cabelo de verdade, porque ele volta ao castanho em seguida, e eu tirava e colocava peruca várias vezes no mesmo dia para gravar cenas não sequenciais. Mas não consigo pensar em nada que eu não faria por um personagem. Engordar muito ou emagrecer ainda mais seria um prazer. Eu, inclusive, tinha começado a ganhar peso porque faria Guimarães Rosa em ‘Passaporte para liberdade’, mas Rodrigo Lombardi acabou ficando com o papel, o inglês dele era mais fluente que o meu. Outra coisa: estou careca, e adoraria poder aparecer assim em cena, na TV. Tanto para Eric (de ‘Pega pega’) quanto para Guilherme, usaram spray para esconder as falhas no meu couro cabeludo, eu meio a contragosto. Os diretores não relacionam a calvície com a imagem do galã, o que eu acho um absurdo, porque tivemos Raul Cortez e tantos outros lindos homens carecas. Hoje em dia, com essa coisa de plásticas e implantes, está tudo artificial demais. Aos 30 anos, meu pai já era bem careca. Eu, aos 40, estou muito no lucro assim. Sempre tomei Finasterida, para evitar uma queda maior dos fios, mas nunca foi uma grande preocupação pra mim”.
Quarentão
“Eu sou judeu, e a gente fala que vai viver até os 120 com muita saúde. Imagina o marasmo dos 100 aos 120, gente (gargalhadas)! Até lá, já vão ter criado uma cadeira voadora pra eu poder aproveitar a vida viajando. Envelhecer é assustador, mas também pode ser encantador. Depois dos 40, a gente enferruja muito mais rápido. Se sento por cinco minutos, sinto uma dorzinha em algum lugar ao levantar, preciso alongar. Minha memória e a minha atenção estão mais falhas também. Ao mesmo tempo, essa idade me trouxe um olhar muito mais tranquilo para a vida. Nos meus 20 anos, eu era desesperado, intenso. Agora, consigo ver (de um jeito) mais amplo. Esse tem sido o meu desejo de aniversário para todos os amigos: boas surpresas e amplidão”.
Zé Bonitinho, Solano Bonitão
“Tenho me achado mais bonito. Quando eu e Paula nos conhecemos, eu tinha 29 anos, e ela falou: ‘Você vai ficar um quarentão muito gato!’. Foi visionária (risos)! Mas sou mais desleixado do que deveria com a minha aparência. Tenho voltado cada vez mais a minha atenção para o corpo, com relação a alimentação e exercícios físicos. Intervenções estéticas, não, de jeito nenhum!”.
À flor da pele
“Preciso cuidar mais da minha pele porque desenvolvi vitiligo recentemente. São manchas muito localizadas, mas na novela dá pra ver uma em cima do meu lábio. Não existe um diagnóstico definitivo para vitiligo, dizem que é emocional. Há dois ou três anos, perdi uma tia muito querida, e essa morte caiu como uma pedra na minha vida. Seis meses depois, começaram a me aparecer essas manchas brancas. É a única coisa com que eu consigo relacionar. Considero uma homenagem a Michael Jackson, sou muito fã. É claro que tenho os meus abismos, mas busco sempre o olhar positivo. Eu me lembro do (ator) Paulo José, ainda vivo. A mão dele não parava de tremer, e ele chamava a doença de Parkinson de diversões. Brincava com a própria dor, tentava enxergar de forma criativa sua condição. E é nesse lugar em que me coloco”.
Filhos ruivos
“Flora e Benjamin nunca se sentiram segregados por serem ruivos. Ao contrário, Flora não aguenta mais os elogios. Na Disney, as princesas todas repetiam: ‘What a beautiful hair!’ (‘Que cabelo bonito!’), e ela revirava os olhos. A gente sempre explicou para eles a questão genética. O gene recessivo deve vir dos avós, já que nem eu nem a mãe somos ruivos”.
Mateus pai
“Sou liberal com meus filhos quando Paula quer ser durona. E durão, quando ela quer ser liberal (risos). Tem que ter o equilíbrio. Flora e Benjamin veem a novela comigo, pela primeira vez, e torcem pelo personagem. Mas as consequências da minha profissão na vida deles ainda não surgiram. Flora pegou mais essa questão da fama. Quando ela era bebê, eu estava começando a ser reconhecido, com todas as dores e delícias disso. Mas, hoje em dia, há tanta gente de quem nunca ouvi falar com milhões de seguidores… Sou uma celebridade em meio a tantas outras, nem sei o que me difere”.
Morar fora do Brasil
“Eu não descarto morar no exterior com minha família. Mas vontade, sinceramente, não tenho. Meu irmão, por exemplo, vive na Bélgica desde 2003. Acontece que eu gosto de ser caipira. Adoro viajar e falar ‘Oh, estou em Paris!’, sabe? Tenho três primas que moram lá, no subúrbio, passam perrengue. Viver em outro país não é moleza, você vai ser sempre estrangeiro. Meu lugar é o Brasil”.
Casamento
“São 14 anos com Paulinha. A gente se conheceu num curta-metragem (‘Marido, amantes e pisantes’, em 2008), em que cheguei para substituir outro ator. E ela já estava de lingerie, pronta pra gravar. Interpretávamos dois amantes, fizemos o caminho contrário. Do beijo que seria técnico, nasceu a paixão. Durante a pandemia, a gente se uniu ainda mais. Essa convivência intensa foi boa. Agora, estamos radiantes que ela vai estar em ‘Cara e coragem’, novela que sucederá ‘Quanto mais vida, melhor’. Muda o esquema todo. Ficarei cuidando da casa e das crianças, nessa posição em que ela costuma ficar por mim”.
Redes sociais
“Tenho um perfil fechado no Instagram, em que compartilho fotos das crianças com os mais íntimos. Quero preservar a privacidade deles. E no perfil aberto, só eu mexo. Tudo o que eu posto lá vai direto para o Facebook. Deste, sim, tenho uma equipe cuidando. Tenho feito lives no camarim de ‘Irma Vap’ (clássico teatral com que está em turnê pelo Brasil com Luis Miranda). Mostro nosso altarzinho, com todos os elementos em referência ao ‘terrir’ (terror + riso). Tem de Chucky a Michael Jackson, de boneco do Zé Bonitinho a Pokémon, passando por Iemanjá. Às vezes, faço lives na minha composteira (ecossistema higiênico que ajuda a reduzir o lixo e as emissões de gases do efeito estufa); outras, faço tocando piano. E no Twitter eu entrei só para comentar a novela com os fãs. Atualizo com as fotos de bastidores que guardei por tanto tempo. Eles adoram!”.
Reconhecido por grandes ídolos
“Aquele Projac é uma Disney, um parque de diversões. Eu ia lá para assistir aos debates dos presidenciáveis, pedi para tirar foto com Marina Silva. Lá você cruza com gente usando roupa de época, seminua, com adereços… É uma diversidade doida! Eu sempre me emociono, por exemplo, com Dedé Santana. Ele tem meu número e me manda mensagens, desejando felicidades. Fico tocado quando pessoas que sempre admirei gostam do meu trabalho. É uma grande realização pessoal, por exemplo, ter recebido um e-mail assinado por Tarcísio Meira e Glória Menezes elogiando a minha atuação como Félix. Receber um telefonema ou um áudio de Antonio Fagundes e Tony Ramos comentando uma cena minha. São artistas que me fizeram rir e chorar com seus trabalhos”.
Colega gente boa
“Eu sou excelente colega. Acho que é legal trabalhar comigo porque eu amo o que faço. Não sou metido, não. Se sou considerado foda, é porque gosto muito do meu ofício. O motor é o tesão que tenho pelas artes cênicas. É eleque move a minha simpatia, o meu talento, a minha disposição”.
Ciclista apaixonado pelo Rio
“Eu uso muito a bicicleta, para lazer e para ir até o trabalho. Moro no Joá, é um pedacinho bom até os Estúdios Globo (em Jacarepaguá), um superexercício. Eu gostaria que a bicicleta fosse mais valorizada como meio de transporte. O Rio de Janeiro é uma cidade incrível para se pedalar, só que necessita de um incentivo maior à segurança dos ciclistas. Não preciso nem falar da ciclovia assassina que foi construída (na Avenida Niemeyer), despencou e hoje está lá depredada, né?”.
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