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Uma situação surreal aconteceu com Luisa Marilac neste sábado (12). A youtuber deu entrada pela manhã no Hospital Santa Rita, localizado na Vila Mariana, em São Paulo, sentindo fortes dores nos seios. Mesmo acompanhada de seu médico, que é cadastrado na unidade de saúde e a encaminhou até o local, ela teve sua internação proibida pela administração e ainda foi vítima de transfobia por parte dos funcionários.
A coluna recebeu um relato de Luisa, que está desesperada. Já se passaram quase 12 horas desde sua chegada ao hospital, e até o momento sua internação e a realização do procedimento não foram liberadas, mesmo com seu médico fazendo pressão nos funcionários sobre o caso. A polícia já foi acionada e esteve no local.
Há uma semana, a youtuber vem sentindo fortes dores nos seios após a troca de suas próteses de silicone. Além disso, passou a ter febre e diarréia, provocada pelo excesso de remédios para dores que passou a tomar. Orientada por seu médico, Tiago Marra, ela foi até o Hospital Santa Rita, onde ele realiza procedimentos cirúrgicos.
Luisa passou pela triagem, recebeu uma primeira consulta com uma médica clínica-geral, mas a direção do hospital não autorizou a internação e negou o atendimento médico, mesmo com a paciente sendo diagnosticada com necessidade de atendimento de emergência.
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“Depois de 15 dias de reabordagem da prótese, ela está bem, mas com quadro de seroma. Está com inchaço, edema na mama, bastante inchada. Eu dei entrada com ela, ela chegou no hospital e foi tratada no masculino. São quase 17h, ela foi avaliada no pronto-atendimento pela médica, que viu a situação”, explicou Marra em um desabafo publicado nas redes sociais.
“Necessita drenagem, ela está sentindo dor. Se o seroma não for tratado pode gerar uma infecção e se agravar. Eu, como médico, nunca vi isso. Não consigo internar a minha paciente. Ela está em situação de extremo desespero. Não tenho onde atender ela porque não sou dono de hospital, mas sou cadastrado aqui”, enfatizou.
Transfobia
No áudio que a coluna recebeu de Luisa, ela explica como foi o caso de transfobia e o descaso que vem sofrendo dentro da unidade hospitalar.
“Eles simplesmente proibiram a minha entrada. Falaram que não vão me atender aqui. Só de eu chegar aqui hoje, na falei ‘olá, bom dia’ [na recepção], a menina respondeu: ‘O que o senhor deseja?’. Falei: ‘Senhor o caralho’. Então você percebe que é um ambiente completamente transfóbico. Doutor chamou advogado, veio polícia. Meu peito está enorme, estou morrendo de dor”, desabafou.
“Estão tentanto me internar, mas até agora nada. É muita humilhação, muito constrangimento. Fiquei mais de quatro horas esperando ser atendida, agora estou deitada numa maca tomando soro e morrendo de dor”, disse ela.
A coluna procurou a assessoria de imprensa do hospital, que até o momento não se posicionou sobre o caso.
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