O processo, originário da Lava-Jato, foi encaminhado pelo TRE-BA pela Justiça Federal no estado.
O governador da Bahia, Rui Costa, denunciou nesta segunda-feira (26), que a TV Bahia, afiliada da Rede Globo no estado, de propriedade da família do prefeito de Salvador, ACM Neto, chegou antes da Polícia Federal à casa do ex-governador Jaques Wagner para uma ação de busca e apreensão. Para o governador, quando ocorre isto, fica claro que a operação não tem caráter investigativo, mas sim midiático, político partidário. “Em qualquer lugar do mundo civilizado é estranho que a imprensa chegue antes da polícia em uma operação.
E é mais estranho ainda que uma das TVs tenha tido o acesso privilegiado antes das outras”. O secretário de Desenvolvimento Econômico e ex-governador Jaques Wagner (PT) chamou de “infundadas” as denúncias apresentadas contra ele durante a operação da Polícia Federal que investiga irregularidade na construção e manutenção de contratos firmados entre o Estado e a Arena Fonte Nova. Arquivado- A juíza do TRE-BA Patrícia Szporer arquivou na semana passada, de maneira monocrática, o processo contra Jaques Wagner que tratava dos mesmos fatos narrados na Operação Cartão Vermelho, deflagrada hoje pela PF.
O processo, originário da Lava-Jato, foi encaminhado pelo TRE-BA pela Justiça Federal no estado. A Procuradoria da Regional Eleitoral recomendou a remessa para a PF, para abertura de inquérito, mas a juíza afirmou não existirem elementos que justificassem a medida: — Não há que se falar em instauração de inquérito policial, ressalvada a possibilidade de procedimento apuratório se, em algum momento, surgirem indícios concretos, e não meras conjecturas desprovidas de amparo na realidade fática, que o justifique. A realidade fática é descrita no voto da própria relatora: delatores narram o pagamento de propina no valor de US$ 12 milhões, US$ 10 milhões em doação para campanha, fora um relógio de presente no valor de US$ 20 mil. (Juliana Braga)
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Fonte: O Tempo Jornalismo
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