O desmatamento na Amazônia caiu em 2022 comparado ao ano anterior. Confira conosco mais dados a respeito desse acontecimento e os impactos.
Por DIOGO SILVA
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Muito se fala sobre o desmatamento na Amazônia, maior floresta tropical do mundo. O desmatamento não é algo recente, visto que acontece há décadas nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Mato Grosso, Maranhão e parte de Tocantins. A quantidade exorbitante de árvores retiradas é preocupante e pode agravar o clima a nível global.
A construção de rodovias, por exemplo, tem causado muito problema. A situação da mata é pauta de vários debates entre o governo federal e diversas grandes instituições mundiais e ambientalistas, que prezam pela preservação da mesma. Isso porque o bioma da Amazônia exerce influência no equilíbrio ambiental do mundo inteiro. Mantê-la segura é garantia do equilíbrio como um todo.
Mas recentemente tivemos uma boa notícia a respeito: o desmatamento da Amazônia caiu 11,27% em 2022. Essa queda considerável nos dá um pouco de esperanças. A pauta tem sido discutida ainda hoje por diversas instituições que visam melhorar a nossa relação com a floresta.
A queda no desmatamento da Amazônia
De acordo com dados oficiais divulgados pelo governo, de julho de 2021 a julho de 2022, o desmatamento na Amazônia caiu 11,27% comparado aos outros anos. A destruição da área florestal teve uma queda para 11.568 quilômetros quadrados.
O gráfico foi apresentado nos dados anuais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). “É melhor ter um número mais baixo do que mais alto, mas é um número muito alto ainda. É o segundo maior número dos últimos 13 anos”, disse Marcio Astrini, secretário executivo do Observatório do Clima.
Embora estejamos vivenciando essa queda em relação ao ano de 2021, segundo os especialistas, há um longo caminho pela frente para lidarmos com os problemas de desmatamento. Teme-se que chegue a um ponto em que a Amazônia comece a apresentar grande ineficácia no combate às mudanças climáticas.
Isso porque a floresta é responsável pela absorção de enormes quantidades de dióxido de carbono, um gás que aquece o clima. O dióxido é liberado na atmosfera por meio do desmatamento. Sendo assim, fica claro o motivo da nossa preocupação com a floresta.
O desmatamento na floresta e o impacto da prática
A taxa de desmatamento da floresta varia ano após ano. No entanto, nos últimos anos os dados referentes a isso são preocupantes. Para se ter uma ideia do impacto da prática, em agosto de 2019, o céu da cidade de São Paulo escureceu de forma repentina às 15h. O evento ficou conhecido como “o dia escuro” e não foi um fenômeno natural.
O acontecimento chocou a todos os brasileiros, além de chamar a atenção do mundo para o que estava acontecendo. Com o escurecimento do dia, uma massa de ar frio foi responsável pela formação de nuvens densas e pesadas. Não sendo suficiente, ao final chegou uma nuvem de fumaça dos grandes incêndios na floresta Amazônica. Essa percorreu diversos estados até a chegada em São Paulo, resultando em uma chuva escura no mês de agosto.
Além do “dia escuro”, no dia 10 de agosto do mesmo ano tivemos o que chamamos de “dia do fogo”. Os produtos rurais do norte teriam iniciado juntos, um movimento para incendiar partes da floresta. No dia 11 de agosto o estado do Amazonas declarou estado de emergência e calamidade pública.
De acordo com as contagens oficiais, mais de 161 mil focos de incêndios foram contabilizados entre janeiro e outubro daquele ano. Esse desmatamento causa impactos severos sobre a perda de biodiversidade. Além disso, deixa o solo do local exposto, causando erosões e perdendo as reais funções ecológicas da floresta no ciclo da água e armazenamento de carbono.
Vale ressaltar que a maioria das espécies que habitam a Amazônia não conseguem sobreviver às mudanças radicais causadas pelo desmatamento.
Fontes: Isto É; Info Escola
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