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O “Big Brother Brasil” já está se tornando conhecido quando o assunto é procedimento estético, já que são diversos os ex-BBBs que realizaram harmonização facial antes de entrar no reality show. Em relação a edição atual do programa, o caso de Eliezer foi o que mais chamou a atenção do público.
O designer carioca de 32 anos impressionou pela grande diferença na aparência em suas fotos antes e após o “BBB 22”, que apresenta mudanças drásticas das feições de seu rosto. O próprio brother chegou a falar no reality sobre os procedimentos que realizou, que custaram R$ 14 mil.
“Demorei a ter coragem de fazer. Desde que o Alok fez, fiquei com vontade… Quando sai de lá, me achei bonito. Esse troço faz milagre […] Dividi em 24 vezes, não paguei nem metade ainda”, contou o participante.
O iG Gente conversou com o cirurgião buco-maxilo-facial Sylvio Vivone para compreender o que está por trás da harmonização realizada por Eliezer. O profissional acredita que a harmonização “pode ser muito benéfica para o paciente e gerar ótimos resultados”, mas alerta para grandes transformações geradas pelo procedimento.
“O paciente precisa entender que nem sempre mudanças abruptas é algo legal de acontecer, e que a grande maioria dos procedimentos na harmonização, podem ter um espaço de tempo entre eles, mesmo que curto”, aponta. Em sua experiência, o cirurgião ainda ressalta que não realiza muitos procedimentos simultâneos, para que “não aconteça nenhuma grande mudança no paciente”.
“Minha recomendação aos meus pacientes é sempre fazer poucos procedimentos por vez, isso ajuda muito para eles irem entendendo as mudanças e as novas necessidades dele, sem se arrepender de ter feito algo e mudado muito suas características”, explica.
Valores
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“Outro ponto que isso também ajuda em questão de valores, pois muitas vezes inicialmente ele estava pensando em realizar 4, 5, 6 procedimentos diferentes, e fazendo aos poucos conseguiu chegar no resultado que ele esperava com 2, 3 procedimentos, isso faz com que ele não tenha gastos desnecessários”, destaca.
Sylvio explica que os R$ 14 mil da harmonização de Eliezer são algo relativo no mercado. “São diversas questões que podem influenciar no valor, fazendo com que oscile para cima ou para baixo”, afirma. No caso do valor gasto pelo brother, o doutor analisa que ele “deu volume em algumas áreas do rosto, aumentando e evidenciando os contornos faciais e melhorando a sustentação”.
“A harmonização facial não é algo que precise ser realizada em um único dia, em uma única sessão. Os casos precisam ser estudados e entender a real necessidade do paciente e quais expectativas ele espera alcançar. Um bom planejamento com boas explicações ao paciente, é essencial para não haver futuras frustrações”, completa.
Limites
Mas quais são os limites na relação entre paciente e médico? Existe algo que o profissional pode se recusar a fazer? O doutor afirma ter “bastante critério ao realizar os procedimentos” e que faz apenas “o que tenha indicação clara de ser feita e que traga benefícios ao paciente”.
Sylvio dá um exemplo na prática: “Em uma paciente que nunca colocou preenchimento no lábio e está procurando tratamento para fazer um grande aumento de lábios, com mais de 1 ml, esse é o típico procedimento que eu pessoalmente não realizo. Oriento a paciente que só realizo 1 ml de preenchimento e que após algum tempo, se ela sentir uma maior necessidade de mais volume, ela volta para reavaliarmos e na reavaliação decidimos se fazemos novamente ou não”.
Vale ressaltar que, ao contar sobre sua harmonização para os brothers, Eli disse que onde realizou os procedimentos “custa mil reais cada ml do líquido” e que em seu rosto “tem 13 ou 14 ml”. O doutor explica que os líquidos que o brother se refere são “preenchedores de ácido hialurônico”.
Eliezer também mencionou que sempre teve o queixo para frente por ter uma mordida cruzada. Mas Sylvio aponta que a harmonização é focada para questões estéticas. “Casos que envolvam deformidades esqueléticas, o tratamento preconizado é o tratamento cirúrgico. O tratamento com harmonização facial, pode auxiliar esteticamente o paciente minimizando as alterações estéticas, mas as correções são cirúrgicas”, destaca.
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