Em celebração aos 20 anos de saudade da cantora e compositora Cássia Eller , a instituição Itaú Cultural revisitará o estilo e a personalidade de um dos maiores nomes da história da música popular brasileira, que morreu em 29 de dezembro de 2001 em decorrência de um infarto do miocárdio. Ela tinha apenas 39 anos de idade.
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Marcos Hermes, fotógrafo que trabalhou com Cássia desde 1999, teve oportunidade de registrá-la em momentos mulher, mãe e pessoa simples. Beatriz Helena Ramos Amaral , autora de Cássia Eller: canção na voz do fogo , testemunha o quanto ela gostava de sentir-se plenamente identificada com as canções que interpretava. O baterista Cesinha exalta a sua liberdade de comportamento muito além de regras e parâmetros. Os três foram entrevistados por Duanne Oliveira , jornalista do site do Itaú Cultural , para a matéria cujo foco está na história e nos traços marcantes da criatividade e da personalidade de Cássia.
A reportagem sobe on-line no dia 29 de dezembro , quando se completam 20 anos de sua morte, em www.itaucultural.org.br .
Além da biografia, que pode ser encontrada em um dos verbetes da Enciclopédia Itaú Cultural – , o site oferece uma playlist composta por 12 músicas interpretadas por ela.
Na lista tem de Malandragem, Billy Negão e Nós ao vivo a Get Back, Menina Mimada, Mapa do meu nada e Brasil , passando, ainda, por O Segundo Sol, Mis penas lloraba yo , Lanterna dos Afogados, Gatas extraordinárias e 1º de julho.
A escolha seguiu as preferências dos três entrevistados e pode ser ouvida aqui:
A matéria fala, também, sobre o impacto que as suas músicas seguem provocando, passados 20 anos. Foram produzidos até 2019, 14 álbuns com o seu trabalho, entre antologias, shows e gravações de estúdio. No dia 10 deste mesmo mês, quando ela completaria 60 anos , foi lançado um blues inédito interpretado por ela, Espírito de Som.
Retrato da trajetória
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Em Cássia Eller: canção na voz do fogo , publicado em 2002, Beatriz se dedicou a analisar o timbre de voz, as singularidades de interpretação, o repertório, o imenso poderio vocal e o mimetismo realizado por ela em cada obra. É com esse profundo conhecimento que a autora vê em Cássia uma das mais importantes intérpretes da música brasileira.
“Ela gostava de sentir-se plenamente identificada com as canções que interpretava e se tornava uma espécie de coautora de cada obra” , diz. “Assim representou uma geração. Com capacidade mimética desmedida, avançou sobre fronteiras, visitou gêneros brasileiros distintos – com predominância do rock – e nos legou uma das mais fantásticas obras musicais da contemporaneidade.”
Por sua vez, Cesinha , baterista em três álbuns de Cássia Eller – o último com ela foi Veneno Vivo , de 1994 –, foi um dos músicos que deram vida nova a Espírito do Som , o qual retrabalha uma gravação ao vivo da década de 1980, quando a cantora tinha 22 anos : “Foi emocionante tocar com uma Cássia muito nova e sempre visceral. Eu amei o resultado” , diz ele que, em seu depoimento ao site do Itaú Cultural , relembra de histórias diversas e divertidas vividas ao seu lado.
Hermes , fez seu primeiro trabalho fotográfico com a cantora em 1999. Em 2018, ele lançou Brasilerô . O livro reúne 30 anos de trabalho fotográfico e traz imagens dela no sítio de Teresópolis (RJ).
O autor comenta: “Os registros da intimidade tornaram público o quão Cássia era uma mãe dedicada, artista autêntica e deixou muita saudade. A risada dela ecoa em mim até hoje.”
No último encontro deles, ela se declarou fã de seu trabalho, lascou um beijo em sua boca e se despediu.
Homenagem a Cássia Eller Dia 29 de dezembro (quarta-feira) Site do Itaú Cultural: www.itaucultural.org.br
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