Kiko Mascarenhas, mais conhecido por seus personagens cômicos na televisão, mostra que também sabe falar sério, ainda mais quando o assunto são as recentes conquistas da comunidade LGBTQIA +. O ator vê com bons olhos o fato de vários famosos estarem revelando publicamente seus relacionamentos homoafetivos, nos últimos tempos. O galã Marco Pigossi foi o mais recentes deles.
Publicidade
“As conquistas da comunidade LGBTQIA+ são uma vitória sobre o preconceito que existe em todas as camadas da sociedade brasileira. É uma luta antiga, que agora, graças às redes sociais, ganha voz e torna o cenário favorável para que as pessoas saiam do que eu chamo de ‘clandestinidade afetiva’, o popular ‘armário’. Conquistamos o direito de expor nossos sentimentos, direito à união estável, à adoção, a constituir uma família, direito de demonstrar nosso afeto, direito de denunciar o preconceito e a violência à que fomos expostos. Artistas, jornalistas, políticos, atletas, assim como outras pessoas, estão assumindo suas sexualidades porque o tempo de ‘se esconder’ acabou. É o fim da hipocrisia, mas não da perseguição. Por isso a luta segue diária”, diz o ator, de 57 anos, ao site “Gay.blog”.
Durante a pandemia, Kiko Mascarenhas precisou, como muitos da sua área, se reeinventar. O ator, que pôde ser visto em novelas como “Éramos seis” e “O tempo não para”, afirma que “driblar as dificuldades é a palavra de ordem” neste momento: “Venho produzindo peças de teatro sem apoio ou patrocínio já há alguns anos e com recursos próprios. É um investimento na minha carreira, um passo rumo à liberdade de escolha e de expressão. Meu solo, “Todas as Coisas Maravilhosas” foi produzido com dinheiro do bolso e com a colaboração de muitos amigos que entenderam a importância dessa peça para o momento que vivemos e se juntaram para realizarmos essa montagem. Essa é uma forma de se reinventar e repensar como produzir teatro nesses tempos”.
Deixe seu comentário