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Um ano intenso. Assim foi o 2021 de Viih Tube. Após sair “cancelada” do “BBB 21″, a youtuber fez do ‘limão uma limonada”, como a mesma diz, conseguiu multiplicar sua fortuna com muitos trabalhos e se abriu ainda mais para o público, que tem adorado acompanhar seu dia a dia na internet.
Nas duas últimas semanas, a ex-BBB divertiu as redes sociais ao mostrar que tem aproveitado bastante sua nova fase solteira, chegando a beijar mais de 40 rapazes nos três dias de festas da Fafora da Gkay, entre eles, o influenciador Lipe Ribeiro. “Realmente não sei dizer com quantas pessoas fiquei na Farofa. A gente falou na casa dos 46, porque a gente sabe que está na casa dos 40. Estou vivendo uma fase de libertação, sem medo nenhum de ser real”, diz ela, aos 21 anos.
Em entrevista ao EXTRA, Viih Tube fala também do seu recém-lançado livro “Cancelada”, comenta sua passagem pelo reality show, abre o coração sobre a traição do último namoro e do trauma que sofreu aos 16 anos, quando foi estuprada.
Que ano de 2021 foi esse para você, hein!? Podemos dizer que foi o ano mais “louco” e intenso da sua vida?
Com certeza. Acho que foi um ano único para mim. Foi minha virada de chave comigo mesma, um ano de autoconheciemto. Me libertei de tanta coisa. Não tenho mais medo se ser eu, de ser real com o meu público. Vivi muita coisa: cancelamento, término de namoro, reality… Foi uma loucura, um ano muito intenso e, com certeza, um dos melhores para mim.
Você já era milionária antes de entrar no BBB, certo? E agora, após a participação no programa, essa fortuna multiplicou?
Sim, eu trabalho desde novinha. Criei meu canal no YouTube com 12 anos e comecei a ter uma remuneração com 14. Entrei no “BBB” milionária, e agora multiplicou também, graças a Deus. Trabalhei muito. Inclusive, o reality me gerou muitos trabalhos, como os memes de banho (brincando com o fato de ela não ter tomado muitos banhos no confinamento) e de família (por conta de ela chamar todos da casa de pai, mãe…). Fiz do limão uma limonada. Sempre fui assim: sempre tentei ser o mais marqueteira possível (risos).
Desde que ficou solteira, você tem vivido intensamente e “se jogado” nas festas, curtição e paqueras. Como você define essa sua nova fase?
Defino essa minha nova fase solteira como liberta, livre, sem medo nenhum de ser real. De falar: “ah, peguei mesmo!”, “estou feliz mesmo!”. Quando é mentira, eu falo: “Gente, eu não fiz isso!”. Quando é real, eu digo: “Fiz mesmo!”. Então, viver dessa forma tão real e sincera com o meu público é muito bom. Porque eles conheceram no confinamento todos os meus lados, as minhas versões, até as que eu não gosto, que eu não me orgulho: a versão mais controladora, mais competitiva e jogadora. Eles conheceram tudo, então, não tenho mais medo de nada. Eles sabem todos os meus defeitos. Estou vivendo realmente uma fase de libertação.
Muita gente diz que se você tivesse entrado no “BBB” solteira e tivesse mostrado esse seu lado que estamos vendo agora, você ganharia fácil o programa. Concorda?
Não concordo. Acho que o “Big brother” foi como tinha que ser. Estando solteira ou namorando, acho que lá não é um programa de pegação. O que aconteceria é que nas festas eu curtiria de uma forma diferente. Provavelmente, teria beijado (risos), ou sei lá o que eu teria feito. Mas no jogo, provavelmente eu teria agido da mesma forma. Acho que foi como tinha que ser: ganhou quem tinha que ganhar.
Falando em paqueras, com quantos realmente você ficou na Farofa da Gkay?
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Realmente não sei dizer com quantas pessoas fiquei na Farofa. A gente falou na casa dos 46, porque a gente sabe que está na casa dos 40, mas eu realmente não sei quantas pessoas. A maioria foi anônimo. Tinham muitos convidados da Gkay e eu sai passando o rodo. Estava lá para curtir e foi o meu carnaval, essa é a verdade (risos)”.
O que está rolando de fato com Lipe Ribeiro e com João Guilherme? Tem chances de você namorar algum dos dois?
Está rolando que eu estou curtindo a minha fase solteira. Não penso em namorar por agora. Me dou muito bem com os dois, mas não penso em namoro no momento. A gente ficou, todo mundo viu, mas namoro, não.
Você chegou a contar que foi traída pelo seu último namorado. Como soube e como foi superar isso?
Fui bem aberta com o meu público. Poucos dias após eu sair do “BBB”, recebi o vídeo da traição. Fui muito sincera com ele, sentei, conversei e mostrei. Ele foi super maduro, assumiu, contou para mim exatamente como e quando foi, e eu falei: “ok, deixa eu respirar”. Era muita informação, eu tinha acabo de voltar para o mundo real. E aí, escolhi respirar um pouco, colocar minha vida em ordem para eu resolver como ia ficar. Mas eu, realmente, não consegui superar e ficar bem com isso. Me perdoei e perdoei ele, mas escolhi terminar.
Você ainda vive um cancelamento? Como lida com isso hoje?
Não diria que vivo um cancelamento. As pessoas escolhem quem elas gostam de amar e odiar. Mas acho que hoje eu não vivo um cancelamento. As pessoas estão entendendo a forma como eu estou levando a minha vida, e como eu estou vivendo. Acho que é uma das melhores fases, em que as pessoas estão mais me entendendo, me aceitando com todos os meus defeitos, porque tenho defeitos e todo mundo tem, e eles estão enxergando dessa forma comigo.
Você relatou no seu livro um abuso que sofreu aos 16 anos. Como lidou com isso e como foi ter a coragem para expor algo tão íntimo?
Realmente fiquei em dúvida se eu falava disso no meu livro, porque era uma das coisas que eu nunca tinha falado com o meu público. Então, eu decidi falar, primeiro porque eu imagino que muitas meninas que me acompanham e que, talvez, tenham até a mesma idade que eu tinha quando passei por isso, possam se sentir melhores, ou, pelo menos, ajudar de alguma forma. Realmente eu uni forças. Mas, um outro motivo pelo qual eu decidi falar foi porque o meu livro, realmente, para mim, foi uma libertação. Tudo que eu vivi de trauma, de dor, arrependimento, de culpa, de mágoa, eu joguei ali dentro. Foi realmente o fim do meu ciclo, da minha era, que eu vivi por alguns anos, do medo que eu tinha de ser eu, medo de falar, medo de como vou ser interpretada. Então, eu não ia deixar isso de fora, pois me faria mal esconder ou guardar isso. Era algo mais pessoal mesmo, de tirar de mim um peso que eu nunca falei, que eu por muito tempo me culpei, achando que eu poderia ter feito algo que não me fizesse ter passado por aquilo. E hoje entendo que não, que não tem nada a ver. Deveria ter denunciado na época, mas eu era muito nova, e minha escolha na época foi não falar, porque eu não queria reviver aquilo. Tinha muito vergonha. Mas o que eu recomendo hoje é: denunciem.
Quais são seus projetos para 2022?
Tenho muitos projetos para 2022. Quero muito fazer uma peça de teatro, que eu já estou escrevendo com meus amigos. Fazer sessão de autógrafos do meu terceiro livro, o “Cancelada”, tenho um filme para gravar no início do ano. Mas estou deixando a vida me levar. Cheguei num consenso que o ano de 2020 e 2021 foram tão tristes, por conta da pandemia. Eu entrei com tantas metas e, graças a Deus, consegui completar a maioria, mas me cobrei tanto, fiquei tão pesada pensando que precisava realizar, que 2022 eu decidi que vou entrar leve. Só quero ser feliz. Se tiver vontade, vou fazer. Vou jogar para o universo e torcer para dar certo. Não vou ficar me cobrando muito. É assim que quero entrar nesse ano, porque percebi que as coisas simples, como saúde, paz, amor e família, valem muito mais. Depois dessa tristeza que foi essa pandemia, com certeza, para mim o que importa é ser feliz, ser leve, o que vier está bom.
‘Cancelada’ foi o nome do seu livro. Se tivesse que escrever um novo livro agora, sobre o atual momento da sua vida, qual seria o título?
Acho que que eu colocaria “Liberta”. De cancelada à liberta (risos), que é como me sinto: tranquila, sem peso nenhum, sem segredo nenhum. Porque todos os meus segredos eu coloquei no meu livro. Não passei pano para mim no livro. Não omiti nada. Assumi tudo o que já vivi e fiz, mostrei todos os meus sentimentos. Depois que escrevi e começou a vender, comecei a viver uma era de liberdade e livramento. Me sinto livre, tranquila, em paz. Sem medo de ser eu de verdade, sem medo de errar, sem medo de ser julgada nem de ser interpretada. Sem medo de nada mesmo. Porque eu sei como eu sou, eu sei que eu tenho defeitos, sei quais são e como eu posso trabalhar e melhorar eles. Agora as pessoas também sabem, não tem mais o que eu esconder. É maravilhoso viver assim.
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