Nos meses de fevereiro e março de 2022, seis unidades experimentais do projeto “Rede Café” estão sendo instaladas nas propriedades dos produtores selecionados para participar do projeto. Esta é uma iniciativa pioneira que tem como objetivo avaliar as características agronômicas dos principais clones de café canéfora plantados em todo o Estado de Rondônia.
O projeto é fruto da parceria do Governo do Estado por meio de um convênio firmado entre a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Essa iniciativa busca valorizar os clones de café desenvolvidos pelos produtores de Rondônia e que tem transformado a cafeicultura de todo o Estado. É uma forma de oferecer a esses produtores subsídios e informações técnicas necessárias para que eles possam fazer o registro de seus próprios clones no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
“O objetivo do projeto é valorizar cafeicultores que desenvolvem seus próprios clones, auxiliando na realização dos plantios” enfatiza Alexsandro Silva, pesquisador da Embrapa e responsável pelo projeto.
Ao todo, serão avaliados 64 clones de café canéfora, sendo 52 clones desenvolvidos pelos próprios cafeicultores, seis clones da Embrapa e seis cultivares testemunhas. As avaliações serão conduzidas durante quatro safras de produção, em seis unidades experimentais instaladas nos principais polos cafeeiros do Estado.
A área aproximada é de 0,5 hectares para cada unidade experimental. No projeto, serão analisadas diversas características como produtividade e tamanho dos grãos, uniformidade de maturação dos frutos, arquitetura das plantas para mecanização da colheita, rendimento industrial, tombamento das hastes, qualidade de bebida, resistência à nematoides, tolerâncias a pragas e doenças.
Ao final do projeto será elaborada uma ficha técnica para cada clone avaliado, com as informações agronômicas e qualitativas, que serão disponibilizadas aos produtores responsáveis que desenvolveram cada clone – detentores do material genético. De posse destas informações, o produtor poderá realizar o registro do material genético junto ao Registro Nacional de Cultivares (RNC), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As cultivares poderão ser recomendadas para todo o Estado, fortalecendo ainda mais a cafeicultura na região.
O projeto foi lançado em fevereiro de 2021, com a assinatura de convênio entre o Governo de Rondônia e a Embrapa. Para a execução do projeto, o Conselho de Desenvolvimento do Estado de Rondônia (Conder) aprovou a liberação de recursos do Fundo de Desenvolvimento Industrial de Rondônia (Fider), equipes da Embrapa Rondônia, Emater-RO, Secretaria de Estado da Agricultura de Rondônia (Seagri), Universidade Federal de Rondônia (Unir), produtores e viveiristas de café estão integrados nesse projeto, que conta também com o apoio da Câmara Setorial do Café de Rondônia, MAPA e a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron).
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